O Dia Nacional do Idoso foi estabelecido
em 1999 pela Comissão de Educação do Senado Federal
e serve para refletir a respeito da situação do idoso no
País, seus direitos e dificuldades.
A população no mundo está
ficando cada vez mais velha e, segundo a Organização Mundial
de Saúde (OMS), por volta de 2025, pela primeira vez na história,
haverá mais idosos do que crianças no planeta.
O Brasil, que já foi celebrado como o país
dos jovens, tem hoje cerca de 13,5 milhões de idosos, que representam
8% de sua população. Em 20 anos, o País será
o sexto no mundo com o maior número de pessoas idosas. O dado serve
de alerta para que o governo e a sociedade se preparem para essa nova
realidade não tão distante.
O avanço da medicina e a melhora na qualidade
de vida são as principais razões dessa elevação
da expectativa de vida em todo o mundo. Apesar disso, ainda há
muita desinformação sobre as particularidades do envelhecimento
e o que é pior: muito preconceito e desrespeito em relação
às pessoas da terceira idade, principalmente nos países
pobres ou em desenvolvimento. No Brasil, são muitos os problemas
enfrentados pelos idosos em seu dia-a-dia: a perda de contato com a força
de trabalho, a desvalorização de aposentadorias e pensões,
a depressão, o abandono da família, a falta de projetos
e de atividades de lazer, além do difícil acesso a planos
de saúde são os principais.
Segundo pesquisa do IBGE, em 1999, apenas 26,9%
do total de idosos no País possui algum plano de saúde,
sendo que em algumas regiões como o Nordeste essa taxa ainda cai
para 13%. As mulheres são ainda mais afetadas, porque vivem mais
tempo e, em geral, com menos recursos e menos escolaridade.
Diante desse quadro, o governo brasileiro precisa
elaborar, o mais rápido possível, políticas sociais
que preparem a sociedade para essa mudança da pirâmide populacional.
(Fonte: Jornal A Voz da Serra, de Nova Friburgo-RJ).